TEDE Universidade Católica de Santos Programa de Pós-graduação Mestrado em Educação
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7983
Tipo: Dissertação
Título: Quem tem medo de política? Percepções de licenciados de história acerca da politicidade de sua formação
Título(s) alternativo(s): Who is afraid of politics? Perceptions of History pre-service teaching undergraduate students regarding the politicity of their education
Autor(es): Silva, Emilly Pereira
Primeiro Orientador: Saul, Alexandre
Primeiro membro da banca: Galvanese, Ricardo Costa
Segundo membro da banca: Zanardi, Teodoro Adriano Costa
Resumo: Esta pesquisa, intitulada Quem tem medo de política? Percepções de licenciandos de História acerca da politicidade de sua formação, teve como objetivo analisar as percepções de estudantes de cursos de Licenciatura em História, matriculados no último ano e recém-formados, acerca da diretividade da educação e das relações entre a docência e a transformação ou manutenção do status quo. Tomando como referência a compreensão de Paulo Freire de que educar é um ato político, buscouse explicitar contradições, práticas, ênfases teórico-metodológicas e ideários dos contextos formativos dos sujeitos da pesquisa para, com isso, identificar e compreender visões dos participantes sobre a politicidade inerente aos seus percursos na Graduação. Este estudo surgiu da necessidade mais ampla de lançar luz sobre conhecimentos e produzir novos, que auxiliem a transformação social e a construção de uma sociedade outra, mais igualitária e humanizada, sendo a educação um fator crucial desse compromisso. Nesse sentido, fez-se fundamental apreender como a formação docente pode contribuir para reforçar a ordem social vigente ou para subvertê-la, em favor dos oprimidos. A investigação, de abordagem qualitativa, valeuse de um questionário aplicado em ambiente virtual para registrar as respostas dos licenciandos. A questão norteadora da pesquisa foi assim escrita: Quais são as percepções de licenciandos do curso de História acerca da politicidade de sua formação? Os dados produzidos foram distribuídos e analisados em eixos temáticos que tiveram por base as seguintes categorias: diálogo, justiça social e leitura crítica da realidade. Os principais resultados revelaram que, de forma geral, os estudantes percebem as intenções e os interesses subjacentes à prática educativa que integram, com diferentes níveis de criticidade e perspectivas políticas. A compreensão dos sujeitos acerca da politicidade de sua formação perpassa o medo da exposição e da demissão de docentes que explicitam suas posições políticas; a visão do conhecimento como um produto pronto, a ser entregue aos discentes; e o próprio ideário capitalista vigente, que faz da educação uma relação mercantil. Contudo, pode-se dizer, também, das muitas e louváveis tentativas de superação e de transgressão de perspectivas homogeneizadoras de ensino-aprendizagem, e que os estudantes, em sua maioria, valorizam uma educação plural e respeitadora de suas identidades. A presente pesquisa soma-se a um conjunto de investigações que têm como preocupação central a crítica ao mito da neutralidade da educação. De forma específica, este estudo pode contribuir com informações acerca de como futuros professores de História podem se aproximar ou se afastar dessa ideia, em função das crenças que possuem, de suas necessidades e de oportunidades que lhes são conferidas para experienciar e dialogar sobre a politicidade da educação, ao longo de sua formação inicial.
Abstract: This research, entitled Who is afraid of politics? Perceptions of History pre-service teaching undergraduate students regarding the politicity of their education, aimed to analyze the perceptions of students of History undergraduate teaching courses, enrolled in the last year and recent graduates, regarding the directivity of education and the relationships between teaching and transformation or maintenance of the status quo. Taking as a reference Paulo Freire’s understanding that educating is a political act, it was sought to explain contradictions, practices, theoreticalmethodological emphases and ideas of the formative contexts of the research subjects in order to, with this, identify and understand the participants’ views on the politicity inherent to their undergraduate paths. This study arose from the broader need to shed light on knowledge and produce new ones, which help social transformation and the construction of a different, more egalitarian and humanized society, with education being a crucial factor in this commitment. In this sense, it is fundamental to apprehend how teacher training can contribute to reinforce the current social order or to subvert it, in favor of the oppressed. The investigation, with a qualitative approach, used a questionnaire applied in a virtual environment to record the responses of the preservice teaching undergraduate students. The guiding research question was written as follows: What are the perceptions of the History pre-service teaching undergraduate students regarding the politicity of their education? The data produced were distributed and analyzed in thematic axes based on the following categories: dialog, social justice and critical reading of reality. The main results revealed that, in general, students notice the intentions and interests underlying the educational practice they integrate, with different levels of criticality and political perspectives. The understanding of the subjects about the politicity of their education permeates the fear of exposure and dismissal of professors who make their political positions explicit; the vision of knowledge as a ready-made product to be delivered to students; and the prevailing capitalist ideology itself, which makes education a commercial relationship. However, it can also be said that there are many commendable attempts to overcome and transgress the homogenizing teaching-learning perspectives, and that most students value a plural education that respects their identities. This research is part of a set of investigations whose main concern is to criticize the myth of the neutrality of education. Specifically, this study can contribute with information about how future History teachers can approach or distance themselves from this idea, depending on the beliefs they have, their needs and the opportunities given to them to experience and have a dialog about the politicity of education, throughout their initial training.
Palavras-chave: Paulo Freire; formação de professores; política e educação; licenciatura em história
Paulo Freire; teacher training; politics and education; pre-service history teaching course
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Católica de Santos
Sigla da Instituição: Católica de Santos
Departamento: Centro de Ciências da Educação e Comunicação
Programa: Mestrado em Educação
Citação: SILVA, Emilly Pereira. Quem tem medo de política? Percepções de licenciados de história acerca da politicidade de sua formação. 2023. Dissertação (mestrado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação, 2023
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://tede.unisantos.br/handle/tede/7983
Data do documento: 31-Ago-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Emilly Pereira Silva.pdfDissertação_Mestrado em Educação1.37 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.