TEDE Universidade Católica de Santos Programa de Pós-graduação Mestrado em Saúde Coletiva
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dc.creatorSilva, Francisco Andesson Bezerra da-
dc.creator.ID069.972.034-69pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1848928950322135pt_BR
dc.contributor.advisor1Barros, Cláudia Renata dos Santos-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7178135183672177pt_BR
dc.contributor.referee1Barros, Cláudia Renata dos Santos-
dc.contributor.referee2Martins, Lourdes Conceição-
dc.contributor.referee3Sobreira, Maura Vanessa Silva-
dc.date.accessioned2021-06-15T13:51:55Z-
dc.date.available2020-02-19-
dc.date.available2021-06-15T13:51:55Z-
dc.date.issued2020-02-19-
dc.identifier.citationSILVA, Francisco Andesson Bezerra da. Fatores associados às violências perpetradas contra travestis no contexto familiar. 2020. 75 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Coletiva, 2020pt_BR
dc.identifier.urihttps://tede.unisantos.br/handle/tede/6421-
dc.description.resumoObjetivos: Este estudo teve por objetivos: Estimar os fatores associados à violência vivenciada por travestis no contexto familiar; compreender o processo de violência vivenciada no cotidiano familiar das travestis e identificar os tipos de violência prevalentes que as travestis enfrentam no âmbito do convívio familiar. Método: Tratou-se de estudo transversal que integra o projeto mais amplo intitulado de ¿Igualdade, Saúde, Tolerância: construindo pontes no Universo das Travestis, Transexuais e Transgêneros¿, cuja coleta de dados, se deu por meio de uma amostra de conveniência. O questionário foi enviado via Redes Sociais (Facebook), no período de fevereiro a abril de 2017. O presente estudo foi realizado com subamostra de 672 travestis e a variável dependente analisada foi a violência no contexto familiar, categorizada em ¿física/sexual¿, ¿verbal/psicológica¿ e ¿nenhuma¿. As variáveis independentes foram: sexo de nascimento, faixa etária, raça/cor, estado civil, religião, escolaridade, orientação sexual, aceitação familiar e ter sido expulsa de casa. Todas as variáveis foram descritas por meio de frequência absoluta e relativa. Para a análise dos fatores associados foi utilizada a Regressão Logística Multinominal. No modelo final são mantidas as variáveis significativas. O nível de significância adotado foi 5%. Resultados: Os resultados apontaram que a variável Idade é um fator relevante na determinação da violência familiar, seja de cunho psicológico e física e/ou sexual. Sobre a Escolaridade foi demonstrado que há maiores chances da ocorrência da violência em pessoas com menor grau de instrução, sendo o investimento em capital humano por meio da qualificação nos estudos, um fator de proteção a violência. A maior parte dos indivíduos pesquisados não terminou a educação básica, apenas 3,72% possuíam ensino superior completo, condição que está intimamente relacionada com a violência familiar, seja ela psicológica ou física. A probabilidade de que alguma travesti sofra violência psicológica é 5,66 vezes maior para aquelas que sentem medo de assumir sua identidade. O mesmo ocorreu para a violência física e sexual (OR = 4,04). A porcentagem de travestis que afirmou ser tranquilo assumir sua identidade foi aproximadamente 6,27%. A maioria achou complicado e teve medo, totalizando juntos mais de 68% do total de entrevistados. Com relação à variável Expulsa (a) de casa, o estudo demonstrou que o fato de uma travesti que foi expulsa de casa sofrer violência física e/ou sexual é quase 3,96 vezes maior do que aquelas que tiveram alguma aceitação familiar no modelo bruto e 3,09 vezes maior no modelo ajustado. Foi visto ainda que 33,63% do total das travestis pesquisadas foi expulsa de casa. A respeito da variável Profissão, as travestis que trabalham como profissionais do sexo apresentaram maiores chances de sofrerem violência física e/ou sexual (OR = 2,81). Além disso, as profissões como telemarketing (OR = 6,75) e Agente de prevenção (OR = 4,02) também apresentaram probabilidades significativas. Entretanto, após a inclusão do modelo ajustado, nenhuma das profissões não exerceu influências significativas nos tipos de violência. Conclusão: Os dados observados apontam que o cotidiano das travestis ainda é marcado por preconceito, discriminação e violência, principalmente no que diz respeito à família e aos espaços sociais em que as mesmas transitam, perpassando pela dificuldade de acesso a empregos formais e inserção a espaços de formação acadêmica. Nesse sentido, é de extrema importância a implementação de políticas públicas direcionadas não apenas para a prevenção de doenças e o combate à exploração sexual, mas também para políticas de inclusão na família, escola e no trabalho.pt_BR
dc.description.abstractObjectives: This study had as objectives: to estimate the factors associated with violence experienced by transvestites in the family context; to understand the process of violence experienced in the transvestites' daily family life and to identify the prevailing types of violence that transvestites face in the family environment. Method: This was a cross-sectional study that integrates the broader project entitled ""Equality, Health, Tolerance: Building Bridges in the Universe of Transvestites, Transsexuals and Transgendered People"", whose data collection was carried out by means of a convenience sample. The questionnaire was sent to Social Networks (Facebook) from February to April 2017. This study was carried out with a sub-sample of 672 transvestites and the dependent variable analyzed was violence in the family context, categorized into ""physical/sexual"", ""verbal/psychological"" and ""none"". The independent variables were: birth gender, age, race/color, marital status, religion, education, sexual orientation, family acceptance and being expelled from home. All variables were described by means of absolute and relative frequency. Multinominal Logistic Regression was used to analyze the associated factors In the final model, significant variables are maintained. The level of significance adopted was 5%. Results: The results showed that the variable Age is a relevant factor in determining family violence, whether psychological and physical and/or sexual. Regarding schooling, it was demonstrated that there are greater chances of the occurrence of violence in people with less education, being the investment in human capital through the qualification in the studies a factor of protection to violence. Most of the individuals researched did not finish basic education, only 3.72% had completed higher education, a condition that is closely related to family violence, whether psychological or physical. The probability that some transvestites suffer psychological violence is 5.66 times higher for those who are afraid to assume their identity. The same is true for physical and sexual violence (OR = 4.04). The percentage of transvestites who said it was easy to assume their identity was approximately 6.27%. The majority found it complicated and fearful, together accounting for more than 68% of the total interviewees. Regarding the variable Expelled (a) from home, the study showed that the fact that a transvestite who was expelled from home suffered physical and/or sexual violence is almost 3.96 times greater than those who had some family acceptance in the raw model and 3.09 times greater in the adjusted model. It was also seen that 33.63% of the total transvestites surveyed were expelled from home. Regarding the variable Profession, transvestites who work as sex professionals presented higher chances of suffering physical and/or sexual violence (OR = 2.81). In addition, professions such as telemarketing (OR = 6.75) and Prevention Agent (OR = 4.02) also presented significant probabilities. However, after the inclusion of the adjusted model, none of the professions did not have significant influences on the types of violence. Conclusion: The observed data indicate that the daily life of transvestites is still marked by prejudice, discrimination and violence, mainly in what concerns the family and the social spaces in which they pass through, going through the difficulty of access to formal jobs and insertion to academic formation spaces. In this sense, it is of extreme importance the implementation of public policies directed not only to the prevention of diseases and the fight against sexual exploitation, but also to policies of inclusion in family, school and work.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica de Santospt_BR
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúdept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsCatólica de Santospt_BR
dc.publisher.programMestrado em Saúde Coletivapt_BR
dc.relation.referencesSILVA, Francisco Andesson Bezerra da. Fatores associados às violências perpetradas contra travestis no contexto familiar. 2020. 75 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Coletiva, 2020pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectidentidade de gênero; família; travestis; violênciapt_BR
dc.subjectgender identity; family; transvestites; violencept_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVApt_BR
dc.titleFatores associados às violências perpetradas contra travestis no contexto familiarpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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